terça-feira, 14 de junho de 2016

JARDIM DO MÉIER 1922































No final do século XVIII, o bairro do Méier (Meyer) que era uma fazenda de cana-de-açúcar, foi dividido em três partes: Engenho Novo, Cachambi (Cachamby) e São Cristóvão. Em 1884, Dom Pedro II presenteou com partes das terras o Sr.  Augusto Duque Estrada Meyer, filho do comendador Miguel João Meyer, conhecido como “camarista Meyer” por ter livre acesso às câmaras do palácio imperial.

Arraial do Cachamby, cujo nome significa “mata verde” na lingua tupi,  foi propriedade do empresário Lucídio José Cândido Pereira do Lago que recebeu autorização para a exploração de diversas atividades, dentre as quais uma companhia com o fim de melhorar o suprimento do leite destinado ao uso alimentício e terapêutico e também uma linha de carris de ferro.

Com a construção, em 1720, de uma capela dedicada a São Miguel e Nossa Senhora da Conceição, no Engenho Novo, impulsionou o crescimento da área, dando origem a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Engenho Novo em 1783.

O surgimento do Méier foi descrito por Gastão Cruls no livro Aparência do Rio de Janeiro, publicado em 1949:

Para muita gente, choveremos no molhado dizendo que, próximo à Estação de São Francisco Xavier, desde 1871 até que se transferisse para a Gávea, esteve o prado do Jockey Club, onde de início, só se realizavam quatro corridas por ano. Todavia, talvez já não sejam coisas tão sabidas as que se apontam nas notas abaixo.

Não há mais de quarenta anos, o Meyer era um lugarejo de ruas irregulares e casas rasteiras, distribuídas em torno de um barracão de madeira, que lhe fazia as vezes de Estação. Mas ainda assim, desde 1870 lhe coubera a honra de possuir a primeira linha de bondes suburbanos, umas “caixinhas de fósforos”, puxadas a burros, e que, do lado direito da estrada iam de Caxambi ao Engenho Novo. No Meyer, já dos nossos dias, “rainha dos subúrbios”, com belo jardim público, vários cinemas, Corpo de Bombeiros e Posto de Assistência, à rua Arquias Cordeiro houve um bar, o Sul Americano, com fumaças de Pascoal ou Colombo, onde não poucas vezes se reuniram Lima Barreto, Coelho Cavalcanti, Moacir de Almeida e outros…






Nenhum comentário:

Postar um comentário