segunda-feira, 4 de julho de 2016

LARGO DO MACHADO 1903





























Originalmente, a região ocupada pelo largo era uma lagoa, a Lagoa do Suruí, também chamada Lagoa da Carioca ou de Sacopiranha, que era alimentada pelo Rio Carioca. Por sua vez, a lagoa alimentava o Rio Catete. Posteriormente, a lagoa foi aterrada, dando lugar ao Campo das Pitangueiras. Num dado momento, sua denominação mudou para Campo das Laranjeiras. No século XVII, era conhecido como Campo das Boitangas ("boitanga" era um tipo de cobra). No início do século XVIII, passou a ser chamado Campo ou Largo do Machado, em referência ao oleiro André Nogueira Machado, proprietário de terras no local. Por volta de 1810, um açougueiro também de sobrenome Machado instalou-se no largo e ilustrou a fachada de seu estabelecimento com um grande machado. Também em 1810, o largo do Machado passou a constar como logradouro oficial na cidade

A partir de 1843, passou a chamar-se Largo da Glória, por causa do início da construção da Igreja de Nossa Senhora da Glória (não confundir com a Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro), que viria a ser inaugurada em 1872 em frente ao largo. A partir de 1865, o largo passou a ser iluminado por luz elétrica. Em 1868, foi inaugurada, no largo, a estação central da primeira linha de bondes da cidade, que ia do largo do Machado até a rua dos Latoeiros (atual rua Gonçalves Dias, no Centro).
Em 1869, o largo foi renomeado Praça Duque de Caxias, em homenagem ao famoso militar brasileiro. Em 1899, foi instalada, na praça, uma estátua em homenagem ao duque. Em 1953, porém, a estátua foi transferida para seu endereço atual, o Panteão Duque de Caxias, na Avenida Presidente Vargas, em frente ao Palácio Duque de Caxias. Com isso, o nome oficial da praça voltou a ser "largo do Machado". Em 8 de dezembro de 1954, foi instalada, no centro do largo, a estátua de Nossa Senhora da Conceição, comemorando o centenário do dogma católico da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. A estátua, em mármore e de autoria do escultor genovês Giuseppe Navone  fora comprada na Europa por Joaquim Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti e estava instalada no Palácio São Joaquim, na Glória. Por ocasião do centenário do dogma, foi doada à cidade por dom Jaime Câmara. Nessa década, o largo foi reformado segundo projeto paisagístico de Roberto Burle Marx.

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