terça-feira, 19 de março de 2024

MUNICÍPIOS DO BRASIL - ABAÍRA BA


 ABAÍRA - CIDADE DA CACHAÇA


Abaíra é um município brasileiro do estado da Bahia, localizado na Chapada Diamantina. Sua população, segundo o Censo 2022, era de 7 301 habitantes.

Foi nomeada "cidade da cachaça", por ser uma grande produtora da aguardente Abaíra, que é feita em associações de toda a região.

Abaíra é um termo originário da língua tupi antiga: significa "abundância de mel", pela junção de abá (abundância) e a'yra (mel).

História

A região de Abaíra começou a ser colonizada no século XVIII, com a descoberta de ouro nas suas serras, resultado das décadas de exploração de bandeirantes paulistas e sertanistas baianos.

Em 1775, um explorador ergueu, em uma área de serras, uma capela em louvor a Nossa Senhora do Bom Sucesso, em cujas proximidades surgiu um povoado denominado Catolés, hoje distrito.

O senhor José Joaquim de Azevedo, no século XIX, recebeu de herança uma fazenda, aonde se produzia muita cana-de-açúcar, por isso que essa fazenda era conhecida como “Capoeira de Cana”. Nessa propriedade, abriu um comércio, onde vendia alimentos para os mineradores vindos de Rio de Contas e Piatã que se dirigiam às minas de diamante de Mucugê. Depois, José passou a produzir cachaça e tornou-se hábito aos domingos as pessoas procurarem o seu comércio (venda) para consumir essa bebida. Com isso, José recebeu o apelido de “Zé da Venda”.

Com o passar dos tempos, muitos dos frequentadores da venda e mesmo os que passavam em busca de minérios ficaram desejosos de se estabelecerem no município. Então, os escravos de José, que eram muitos, construíram uma igreja, em louvor a Nossa Senhora da Saúde, a qual foi inaugurada em 1879, sendo a primeira missa realizada em 2 de fevereiro daquele ano pelo padre de Bom Jesus de Rio de Contas (hoje Piatã), José de Souza Barbosa, o padre Souza, quando chegou a imagem desse título mariano.

José Joaquim cedeu terrenos para a construção de casas ao redor da igreja, nascendo assim um povoado, com o topônimo de Tabocas, atual sede de Abaíra.

José Joaquim apaixonou-se por uma moça, chamada Ana Vitória, a qual amava um tropeiro chamado Antônio Precasso, com quem se casou e teve três filhas (Antônia Amélia, Augusta e Maria Etelemina). José, por sua vez, se casou com Maria Rosa, com quem teve um filho, Antônio Vitorino Azevedo, o qual casou-se com Melânia Rosa de Oliveira, com quem teve três filhos: Agripino Augusto de Azevedo, Simpliciana Azevedo e Agemiro Azevedo. O último faleceu aos oito anos de idade; já os outros foram criados por seu avô paterno, Zé da Venda.

Zé da Venda fica viúvo e Precasso também faleceu, de uma febre contraída nas suas viagens, deixando Ana Vitória viúva. Então, Zé da Venda casou-se com sua amada, Ana Vitória.



MONUMENTO AOS GARIMPEIROS - DISTRITO DE CATOLÉS


Com o desenvolvimento do povoado, criou-se o distrito de Tabocas, subordinado a Bom Jesus do Rio de Contas. A lei municipal nº 30, de 24 de abril de 1916, aprovada pela lei estadual nº 1.162, de 9 de agosto de 1916, mudou o nome do distrito para Abaíra, topônimo derivado do tupi e significando “abundância de mel”. No entanto, esta etimologia é contestada por Eduardo de Almeida Navarro.

A Lei Estadual nº 1.622, de 22 de fevereiro de 1962, desmembrou de Piatã o distrito de Abaíra, o qual é elevado à categoria de município. O município é constituído, a partir daí, pelos distritos de Abaíra (sede) e Catolés.



CACHOEIRA SAMBAÍBA



CAMINHO REAL DA BAHIA - SUBIDA PICO DO BARBADO 



IGREJA  MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA SAÚDE 

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