GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro e uma das mais populares do Brasil. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo à região do Maracanã,pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Sua quadra está sediada na Rua Visconde de Niterói, no bairro do mesmo nome.
A Mangueira foi a primeira escola que criou a ala de compositores, incluindo mulheres. Mantém, desde a sua fundação, uma única marcação, com o surdo de primeira, na sua bateria. Marcelino Claudino, o Maçu, introduziu as figuras do mestre-sala e da porta-bandeira no Carnaval. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.
Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006, e que tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente - o maior intérprete de Samba-Enredo de todos os tempos.
Quando o samba ainda não tinha reconhecimento cultural e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira.
Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata.
Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os "bambas" do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba. Somente na localidade conhecida como Buraco Quente havia os blocos da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.
No dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, os arengueiros Zé Espinguela, "Seu" Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira. Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e Portela.
Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da agremiação e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Estação Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 1930 e 40, com o surgimento da categoria carnavalesca, a Mangueira já figurava no rol das "grandes" escolas de samba da cidade.
Venceu os três primeiros concursos oficiais, foi vice-campeã em outros dois. Não desfilou em 1937, pois o desfile foi cancelado por ordem do delegado de polícia Dulcídio Gonçalves. Neste ano, o morro da Mangueira foi representado pela azul e rosa Unidos de Mangueira, que somente participou do desfile oficial por quatro anos.
Com o racha entre os sambistas no ano de 1949, a Mangueira, juntamente com a Portela, decide seguir com a UGESB, acusada de ser uma organização simpatizante do Comunismo, enquanto outras escolas, como o Império Serrano, decidiram seguir a liga paralela estimulada pelo governo municipal, a FBES. Foi neste ano que Jamelão assumiu o posto de cantor oficial na escola, ocupando o lugar de Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile, no posto, a escola sagrou-se campeã.
Em 1950, a Mangueira seguiu para a UCES, onde foi novamente campeã, retornando à UGESB em 1951, até a reunificação das entidades no ano seguinte. Em 1980, obteve sua pior colocação até então, quando foi a oitava colocada.
Em 1984, ano de inauguração do Sambódromo, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história do Carnaval Carioca. Após desfilar, a escola retornou pela Sapucaí, sendo aclamada pelo público. Naquele ano, o primeiro onde houve dois dias de desfile para as escolas de samba, a primeira divisão acabou sendo dividida em dois grupos, sendo cada um, um concurso diferente. Mangueira e Portela, duas das escolas mais tradicionais, venceram, um o desfile de domingo, e outra o de segunda-feira. Um novo concurso foi realizado no sábado seguinte ao Carnaval, entre as melhores escolas de cada dia de desfile, além das melhores do grupo de acesso também. Por fim, a Mangueira sagrou-se "supercampeã".
Após ser bicampeã em 1986-1987, e vice em 1988, a agremiação obteve algumas colocações ruins, como o 11º lugar em 1989, e o 12º lugar em 1991 e 1994. Apesar da má colocação, o samba enredo de 1994, de autoria de David Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Ponto, é considerado por parte da crítica como um dos mais empolgantes da década 11 A composição, que possuía o refrão "me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu", falava dos chamados "doces bárbaros", Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Data também dessa época as primeiras parcerias de sucesso da escola com grandes empresas, e do início de grandiosos projetos, como da Vila Olímpica.
Em 1995, sucedendo o conhecido presidente Álvaro Caetano, o Alvinho, assumiu a presidência da escola Elmo José dos Santos que ocuparia o posto por dois mandatos. Sob sua presidência,a Mangueira conquistaria o título duas vezes.
Em 1998, ao escolher Chico Buarque como tema de seu carnaval, a Mangueira escolheu em sua eliminatória interna um samba-enredo de uma parceria de compositores paulistanos, membros da escola de samba Morro da Casa Verde, o que gerou alguma polêmica devido à rivalidade entre cariocas e paulistas. Apesar da polêmica, a escola empatou com a Beija-Flor, voltando a conquistar um campeonato após um jejum que já durava onze anos. Logo após o carnaval, em 19 de abril de 1998, foi criada a Academia Mangueirense do Samba.
Ainda a Mangueira voltaria a vencer o Carnaval novamente em 2002 com um enredo que falava sobre o Nordeste, perdendo no ano seguinte para a Beija-Flor. Nesse ano, 2003, a Mangueira trouxe como tema a história de Moisés e da libertação do povo hebreu, narrada no Antigo Testamento trazendo um samba de autoria de Marcelo Dáguiã, Bizuca, Gilson Bernini e Clóvis Pê. que começava com o refrão "Quem plantar a paz, vai colher amor, um grito forte, de liberdade, na Estação Primeira ecoou", considerado muito bonito pela crítica. Gerou polêmica naquele ano o fato de a comissão de frente, coreografada por Carlinhos de Jesus, não obter a nota máxima, o que sempre vinha acontecendo nos anos anteriores.
Em 2006, a Mangueira escolheu sua nova diretoria, onde numa eleição disputada, Percival Pires derrotou Ivo Meirelles, sendo eleito o novo presidente da escola. Ivo, no entanto, mais adiante ficou com o cargo de presidente da bateria, cargo este que não costuma existir na maioria das escolas de samba, sendo quase uma exclusividade da verde e rosa.
Para 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus: ao comemorar seus oitenta anos, pela primeira vez permitiu a presença de mulheres na bateria, ideia esta que partiu do próprio presidente da bateria, Ivo Meirelles, ideia esta que gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha de bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da própria comunidade, eleitas através de um concurso. Porém o fato que causou maior comoção, não só na escola, mas em todo o meio dos sambistas aquele ano, foram os problemas de saúde do intérprete Jamelão, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e não gravou o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola. O então desconhecido cantor de apoio Luizito substituiu o Mestre Jamelão, impossibilitado de cantar, mas também sofreu problemas de saúde pouco tempo antes do desfile e quase foi vetado pelos médicos. Uma sequeência de fatos negativos começaram a recair sobre a entidade a partir de então.
No dia do desfile, Beth Carvalho foi impedida de desfilar e praticamente expulsa do carro alegórico dos baluartes, sendo agredida com um chapéu pelo baluarte Raymundo de Castro. O baluarte Nélson Sargento também preferiu não desfilar, já que possivelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue. Estes fatos geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade, principalmente à da própria Mangueira.
Ainda em 2007, seu presidente foi eleito para a Academia Mangueirense do Samba, ocupando a cadeira de tia Miúda, e que foi ocupada até dezembro de 2006 pelo compositor Jurandir da Mangueira.
Em 2008, a Mangueira passou por aquela que muitos consideram a sua pior crise. Primeiramente, ainda em 2007, quando todos esperavam um enredo sobre o centenário de Cartola, a diretoria fechou um acordo de patrocínio com a Prefeitura do Recife, ao qual a escola teria como enredo o centenário do frevo. Além de polêmicas relativas à escolha da rainha de bateria, por fim surgiram denúncias de envolvimento da diretoria da entidade com o tráfico do morro. Durante a escolha do samba-enredo, em outubro de 2007, a parceria escolhida foi a de Lequinho, Jr. Fionda, Francisco do Pagode, Silvão e Aníbal, sendo "Francisco do Pagode" o nome artístico de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que passou 17 anos preso por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Na final da eliminatória interna, seu samba, mesmo considerado favorito, derrotou outros três fortes concorrentes, como Gilson Bernini e a parceria de Pedrinho do Cavaco e Índio da Mangueira. As críticas ao fato de um criminoso estar na parceria vencedora foram duramente rebatidas por Lequinho, que encabeçava o samba campeão. Para o compositor, que elogiou seu parceiro de samba, as críticas seriam resultado de um comportamento preconceituoso da sociedade.
As polêmicas não pararam por aí: em dezembro, Percival Pires renunciou à presidência, após aparecer num vídeo onde confraternizava com a mulher de Fernandinho Beira-Mar, presa dias depois. Em seu lugar, assumiu Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, neta de Saturnino Gonçalves, então vice-presidente. Com muitos problemas no dia do desfile, a Estação Primeira terminou na décima colocação, sendo um dos quatro piores resultados de sua história. O ex-presidente da agremiação, Elmo José dos Santos, lamentou profundamente os acontecimentos e o resultado final.
No dia 14 de junho de 2008, a escola perde um de seus maiores ícones: Jamelão, vítima de falência múltipla dos órgãos. Sua morte causou grande comoção no meio do samba. Para muitos, a perda do intérprete deixou uma lacuna enorme não só na escola, como também para todo o samba.
Para 2009, após oito anos, o carnavalesco Max Lopes deixou a escola, que contratou o Roberto Szaniecki para seu lugar. O enredo escolhido foi uma homenagem ao povo brasileiro, baseando-se no livro "O Povo Brasileiro, Formação e Sentido do Brasil", do professor, antropólogo e político Darcy Ribeiro. Novamente com muitos problemas no início de 2009, a preparação das fantasias e alegorias atrasou e até semanas antes do Carnaval, quase nada havia sido feito. Torcedores assumiram o barracão da agremiação, trabalhando em regime de mutirão, para colocar o carnaval na avenida. Por fim, a sexta colocação foi vista com um misto de surpresa e alívio, pois muitos chegaram a temer o rebaixamento.
Após o Carnaval de 2009, após nova eleição, Ivo Meirelles foi aclamado novo presidente, decidindo rever a estrutura dos últimos anos na escola. A primeira alteração foi a contratação da carnavalesca Márcia Lage. Também foi contratado novo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Raphael e Marcella Alves. Além disso, para o posto de intérpretes, foi criado um trio apelidado de "os três tenores", formado por Luizito, Zé Paulo e Rixxah. além da bela Renata Santos, que deu um show de sensualidade a frente da bateria comandada pelo Mestre Jaguará Filho. O enredo escolhido foi Mangueira é a Música do Brasil, muito parecido com o tema de 2008 do Império de Casa Verde. No decorrer do ano, a carnavalesca foi afastada e substituída por Jaime Cezário e Jorge Caribé, o que resultou novamente numa sexta colocação.
Em 2011, a Mangueira levou para a avenida o enredo "Filho fiel, sempre Mangueira" de autoria da própria escola, que foi desenvolvido Por Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves. além disso continua com os três tenores, agora formado Luizito, Zé Paulo e Ciganerey que entra no lugar de Rixxah, sendo que devido a briga com um suposto torcedor do Fluminense durante a comemoração do título brasileiro na quadra, Luizito acabou suspenso e logo depois iria se desligar da escola, mas após conversa com Ivo Meirelles, voltou atrás e retorna ao trio. além de mudar o comando da bateria que era de Jaguara Filho e agora passar a ser de Aílton Nunes que foi um dos autores do samba enredo campeão nesse ano.
No ano 2012, a Mangueira apresentou na avenida o enredo "Vou festejar, sou Cacique,Sou Mangueira", uma homenagem ao bloco Cacique de Ramos, que completou 50 anos em 2011. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho, sendo este contratado pela escola ainda em 2011. O samba enredo escolhido é da parceira de Igor Leal, Lequinho, Junior Fionda e Paulinho Carvalho. Embora tenha ficado em sétimo lugar, a mídia e o público em geral consideraram que a escola realizou um desfile histórico inovando a chamada "paradinha" da bateria, para um tempo superior a 2 minutos. A "paradinha repercutiu e muito, e se tornou uma "paradona", que realmente alegrou e conquistou o público. A Cada ano, a bateria Surdo Um inova mais a mais, mas não foi apenas a bateria que conquistou o público. A cantora Alcione se marcou presente no carro de pagode dentre a bateria, e Beth Carvalho veio abrilhantando a comissão de frente como a madrinha dos orixás.
Acreditou-se que todas as paradinhas foram planejadas. Mas isso não aconteceu. A primeira paradinha foi a única não planejada. Ela aconteceu devido a um defeito na aparelhagem que fez com que a bateria por alguns segundos, não pudesse ser ouvida. Mas depois, o desfile seguiu normalmente. Acredita-se que o desfile de 2012 foi melhor que o de 2011, que deu a Mangueira o terceiro lugar, sua melhor posição dos últimos anos.
Em 2013, após uma eleição conturbada e ainda sem definição, o candidato a reeleição e ainda presidente Ivo Meirelles definiu que o enredo da escola será a cidade de Cuiabá no Mato Grosso, e que este será desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho assim como no ano anterior. Apos a grande parada da bateria em 2012, a Mangueira promete uma nova inovação, levará duas baterias para a avenida em 2013, e segundo o presidente da agremiação, Ivo Meirelles, as duas baterias já irão se apresentar juntas no ensaio técnico da escola. além disso a escola levará também dois carros de som, o primeiro sendo comandado por Luizito, Zé Paulo e Ciganerey e o segundo por Agnaldo Amaral. Neste ano, a escola apresentou um bom desfile, carros e fantasias muito bem acabados, como há muito tempo não se via na Mangueira, apesar do atraso de seis minutos causado por um erro no último carro alegórico, que trazia uma borboleta gigante que a princípio, daria uma volta na torre onde ficam os jornalistas, localizada quase no final da avenida, mas um problema na manipulação das barras que sustentavam a borboleta, fez com que ela se chocasse com a torre, o problema só foi resolvido depois, com a ajuda dos próprios jornalistas, que empurraram as barras para que o carro pudesse continuar o trajeto na avenida, com esse problema, a Mangueira perdeu seis décimos, um por minuto, uma das principais causas da escola não ter ficado entre as campeãs. Veio também com uma comissão de frente emocionante, que trazia índias, bandeirantes e o mestre Delegado, bailando entre as encenações sobre a história de Cuiabá.
Em seu aniversário de 85 anos - 28 de abril de 2013 - a escola passou pelo processo eleitoral que vinha adiado desde 2012 para eleição seu novo presidente, já que Ivo Meirelles não foi candidato á reeleição. Nessa eleição foi eleito o Deputado Chiquinho da Mangueira, que ficará a frente da escola de até 2016. Além da mudança na presidencia, para o carnaval de 2014 a Mangueira mudou também a composição do casal de mestre-sala e porta bandeira e o carnavalesco, já Marcella Alves foi para o Salgueiro e Cid Carvalho se dirigiu para a Vila Isabel respectivamente; para substituír Cid foi contratada a veterana carnavalesca Rosa Magalhães, então campeã do carnaval e para a composição do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael que antes teria saído da escola, está mantido no cargo e agora fará par com Squel; Luizito foi mantido como interprete oficial, contando com Eraldo Caê que retorna a agremiação como interprete de apoio; chegou a ser especulado também o nome do consagrado interprete Preto Jóia, que entretanto acabou não acertando com a agremiação.
O enredo escolhido para carnaval foi "A festança brasileira cai no samba da Mangueira" de autoria da carnavalesca e da propria escola. A Mangueira foi quarta escola a desfilar no domingo de carnaval e apresentou um desfile leve, colorido e com uma qualidade plastica que a muito não ser via na escola, entretando com erros que custaram lhe pontos consideraveis na apuração, dentre eles, o acidente com o quinto carro da escola, O ritual da Pajelança, alusivo ao Fetival de Parintins, que devido à sua altura acabou preso na torre de televisão e teve parte de uma escultura quebrada para poder prosseguir para a dispersão; a escola, ao contrario do ano anterior que contou com um infortunio parecido, conseguiu passar dentro do tempo previsto no regulamento (82 minutos), mas a coloção foi a mesma.
Em 2015 com a saída de Rosa Magalhães, a direção da escola retornou Cid Carvalho como carnavalesco, com um enredo sobre as mulheres. O desfile, que ocorreu sob chuva, foi considerado abaixo do esperado pela crítica especializada e na apuração, os problemas enfrentados em fantasias, alegorias, comissão de frente, bateria e evolução deram origem a um 10º lugar. mas em 2016 veio a volta por cima, com o fim de jejuns de quatroze anos sem ser campeã. ao homenagear a cantora Maria Bethânia, Num desfile´arrebator feito pelo estreiante Leandro vieira, que tinha apenas feito um carnaval e como cantor a escola apostou no experiente Ciganerey, pro lugar do falecido Luizito.
Enredos
Ano | Colocação | Grupo | Enredo | Carnavalesco | Intérprete(s) |
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1929 | Concurso de sambistas | Chega de demanda e Beijos | Sr. Armando | ||
Não houve concurso, nos anos de 1930 e 1931 | |||||
1932 | Campeã | ÚNICO | Sorrindo e Na floresta | Sr. Armando | |
1933 | Campeã | ÚNICO | Uma segunda-feira do Bonfim na Ribeira | Sr. Armando | |
1934 | Campeã | ÚNICO | República da Orgia | Sr. Armando | |
1935 | Vice-campeã | ÚNICO | O regresso de uma colheita na primavera | Sr. Armando | |
1936 | Vice-campeã | ÚNICO | Não quero mais amar a ninguém | Sr. Armando | |
Não desfilou em 1937 e 1938 | |||||
1939 | Vice-campeã | ÚNICO | O Jardim | Sr. Armando | |
1940 | Campeã | ÚNICO | Prantos, pretos e poetas | Sr. Armando | |
1941 | Vice-campeã | ÚNICO | Pedro Ernesto | Sr. Armando | |
1942 | 3º lugar | ÚNICO | A vitória do Samba nas Américas | Sr. Armando | |
1943 | Vice-campeã | ÚNICO | Samba no Palácio do Itamarati | Sr. Armando | |
1944 | Vice-campeã | ÚNICO | Glória ao Samba | Sr. Armando | |
1945 | Vice-campeã | ÚNICO | Nossa História | Sr. Armando | |
1946 | Vice-campeã | ÚNICO | Carnaval da Vitória | Sr. Armando | |
1947 | Vice-campeã | ÚNICO | Brasil, Ciências e Artes | Sr. Armando | |
1948 | 4º lugar | ÚNICO | Brasil, Tesouro Invejado | Sr. Armando | Xangô da Mangueira |
1949 | Campeã | UGESB | Apoteose aos Mestres | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1950 | Campeã | UCES | Plano SALTE - Saúde, alimentação, transporte e energia | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1951 | 3º lugar | UGESB | Unidade Nacional | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1952 | Não houve concurso | Gonçalves Dias | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão | |
1953 | 3º lugar | 1 | Unidade Nacional | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1954 | Campeã | 1 | Rio de Janeiro, de ontem e de hoje | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1955 | Vice-campeã | 1 | Cântico à Natureza | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1956 | 3º lugar | 1 | O Grande Presidente | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1957 | 3º lugar | 1 | Emancipação Nacional - Rumo ao progresso | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1958 | 3º lugar | 1 | Canção do exílio | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1959 | 3º lugar | 1 | Brasil através dos tempos | Funcionários da Casa da Moeda | Jamelão |
1960 | Campeã | 1 | Carnaval de todos os tempos | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | Jamelão |
1961 | Campeã | 1 | Reminiscências do Rio Antigo | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | Jamelão |
1962 | 4º lugar | 1 | Casa-grande e senzala | Roberto Paulino e Darque Dias Moreira | Jamelão |
1963 | Vice-campeã | 1 | Exaltação à Bahia | Júlio Mattos | Jamelão |
1964 | 3º lugar | 1 | História de um preto velho | Júlio Mattos | Jamelão |
1965 | 4º lugar | 1 | Rio através dos séculos | Júlio Mattos | Jamelão |
1966 | Vice-campeã | 1 | Exaltação à Villa-Lobos | Júlio Mattos | Jamelão |
1967 | Campeã | 1 | O mundo encantado de Monteiro Lobato | Júlio Mattos | Jamelão |
1968 | Campeã | 1 | Samba, festa de um povo | Júlio Mattos | Jamelão |
1969 | Vice-campeã | 1 | Os Mercadores e suas tradições | Júlio Mattos | Jamelão |
1970 | 3º lugar | 1 | Um Cântico à natureza | Júlio Mattos | Jamelão |
1971 | 4º lugar | 1 | Os Modernos bandeirantes | Júlio Mattos | Jamelão |
1972 | Vice-campeã | 1 | Rio, Carnaval dos Carnavais | Carlos Alberto | Jamelão |
1973 | Campeã | 1 | Lendas do Abaeté | Júlio Mattos | Jamelão |
1974 | 4º lugar | 1 | Mangueira em tempo de folclore | Júlio Mattos | Jamelão |
1975 | Vice-campeã | 1 | Imagens poéticas de Jorge Lima | Elói Machado | Jamelão |
1976 | Vice-campeã | 1 | No reino da Mãe do Ouro | Elói Machado | Jamelão |
1977 | 7º lugar | 1 | Panapanã, o segredo do amor | Júlio Mattos | Jamelão |
1978 | Vice-campeã | 1 | Dos carroceiros do imperador ao Palácio do Samba | Júlio Mattos | Jamelão |
1979 | 4º lugar | 1-A | Avatar… e a selva transformou-se em ouro | Júlio Mattos | Jamelão |
1980 | 8º lugar | 1-A | Coisas nossas | Liana Silveira e Ecila Cirne | Jamelão |
1981 | 4º lugar | 1-A | De Nonô a JK | Alcione Barreto e Elói Machado | Jamelão |
1982 | 4º lugar | 1-A | As mil e uma noites cariocas | Fernando Pinto | Jamelão |
1983 | 5º lugar | 1-A | Verde que te quero rosa… semente viva do samba | Max Lopes | Jamelão |
1984 | Campeã | 1-A | Yes, Nós Temos Braguinha | Max Lopes | Jamelão |
1985 | 9º lugar | 1-A | Abram Alas que eu quero passar | Eloy Machado e Bia Dumont | Jamelão |
1986 | Campeã | 1-A | Caymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira Têm | Júlio Mattos | Jamelão |
1987 | Campeã | 1-A | O Reino dos Palavras, Carlos Drummond de Andrade | Júlio Mattos | Jamelão |
1988 | Vice-campeã | 1 | Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão? | Júlio Mattos | Jamelão |
1989 | 11º lugar | 1 | Trinca de Reis | Júlio Mattos | Jamelão |
1990 | 8º lugar | Especial | Deu a Louca no Barroco | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | Jamelão |
1991 | 12º lugar | Especial | As Três Rendeiras do Universo | Ernesto Nascimento e Cláudio Rodrigues | Jamelão |
1992 | 6º lugar | Especial | Se Todos Fossem Iguais a Você | Ilvamar Magalhães | Jamelão |
1993 | 5º lugar | Especial | Dessa Fruta Eu Como até o Caroço | Ilvamar Magalhães | Jamelão |
1994 | 11º lugar | Especial | Atrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem Já Morreu | Ilvamar Magalhães | Jamelão |
1995 | 6º lugar | Especial | A Esmeralda do Atlântico | Ilvamar Magalhães | Jamelão |
1996 | 4º lugar | Especial | Os Tambores da Mangueria na Terra da Encantaria | Oswaldo Jardim | Jamelão |
1997 | 3º lugar | Especial | O Olimpo é Verde e Rosa | Oswaldo Jardim | Jamelão |
1998 | Campeã | Especial | Chico Buarque da Mangueira | Alexandre Louzada | Jamelão |
1999 | 7º lugar | Especial | O Século do Samba | Alexandre Louzada | Jamelão |
2000 | 7º lugar | Especial | Dom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do Povo | Alexandre Louzada | Jamelão |
2001 | 3º lugar | Especial | A Seiva da Vida | Max Lopes | Jamelão |
2002 | Campeã | Especial | Brazil com 'Z' é para Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do Nordeste | Max Lopes | Jamelão |
2003 | Vice-campeã | Especial | Os Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da Liberdade | Max Lopes | Jamelão |
2004 | 3º lugar | Especial | Mangueira Redescobre a Estrada Real…E Desse Eldorado Faz seu Carnaval | Max Lopes | Jamelão |
2005 | 6º lugar | Especial | Mangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o Nosso Desafio | Max Lopes | Jamelão |
2006 | 4º lugar | Especial | Das Águas do Velho Chico, Nasce um Rio de Esperança | Max Lopes | Jamelão |
2007 | 3º lugar | Especial | Minha Pátria é Minha Língua, Mangueira Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última Flor | Max Lopes | Luizito |
2008 | 10º lugar | Especial | 100 Anos do Frevo, é de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar… | Max Lopes | Luizito |
2009 | 6º lugar | Especial | A Mangueira Traz Os Brasis do Brasil Mostrando a Formação do Povo Brasileiro | Roberto Szaniecki | Luizito |
2010 | 6º lugar | Especial | Mangueira é Música do Brasil | Jaime Cezário e Jorge Caribé | Luizito, Zé Paulo e Rixxah |
2011 | 3º lugar | Especial | O Filho Fiel, Sempre Mangueira | Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves | Luizito, Zé Paulo e Ciganerey |
2012 | 7º lugar | Especial | Vou festejar! Sou Cacique, sou Mangueira | Cid Carvalho | Luizito, Zé Paulo e Ciganerey |
2013 | 8º lugar | Especial | Cuiabá: Um paraíso no Centro da América | Cid Carvalho | Luizito, Zé Paulo, Ciganerey e Agnaldo Amaral |
2014 | 8º lugar | Especial | A festança brasileira cai no samba da Mangueira | Rosa Magalhães | Luizito |
2015 | 10º lugar | Especial | Agora chegou a vez vou cantar: mulher de Mangueira, mulher brasileira em primeiro lugar! | Cid Carvalho | Luizito |
2016 | Campeã | Especial | Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá | Leandro Vieira | Ciganerey |
2017 | Especial | Só com a ajuda do santo | Leandro Vieira | Ciganerey |
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