segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

HISTÓRIA DAS ESCOLAS DE SAMBA - GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA

 GRÊMIO RECREATIVO ESCOLA DE SAMBA ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA




Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira é uma das mais tradicionais escolas de samba do Rio de Janeiro e uma das mais populares do Brasil. Foi fundada em 28 de abril de 1928, no Morro da Mangueira, próximo à região do Maracanã,pelos sambistas Carlos Cachaça, Cartola, Zé Espinguela, entre outros. Sua quadra está sediada na Rua Visconde de Niterói, no bairro do mesmo nome.
A Mangueira foi a primeira escola que criou a ala de compositores, incluindo mulheres. Mantém, desde a sua fundação, uma única marcação, com o surdo de primeira, na sua bateria. Marcelino Claudino, o Maçu, introduziu as figuras do mestre-sala e da porta-bandeira no Carnaval. No símbolo da escola, o surdo representa o samba; os louros, as vitórias; a coroa, o bairro imperial de São Cristóvão; e as estrelas, os títulos.
Uma das figuras mais emblemáticas da Mangueira é o sambista Jamelão, que foi o intérprete oficial da escola de 1949 até 2006, e que tornou-se uma verdadeira autarquia do samba carioca, com seu jeito mal-humorado e sua voz potente - o maior intérprete de Samba-Enredo de todos os tempos.
Quando o samba ainda não tinha reconhecimento cultural e nem se pensava em escolas de samba, a comunidade da Mangueira já despontava como pioneira dos carnavais cariocas através dos seus cordões, onde um grupo de mascarados conduzidos por um mestre com um apito acompanhava uma orquestra de percussão. Na Mangueira existiam pelo menos dois cordões: o Guerreiros da Montanha e o Trunfos da Mangueira.
Menos primitivos que os cordões, surgiram os ranchos, que se destacaram por permitir a participação das mulheres nos cortejos carnavalescos e por trazerem inovações tais como: alegorias, uso do enredo, instrumentação de sopro e cordas e o casal de dançarinos baliza e porta-estandarte, hoje conhecidos como mestre-sala e porta-bandeira. Três ranchos se destacaram em Mangueira: Pingo de Amor, Pérola do Egito e Príncipes da Mata.
Por volta de 1920, surgiram os blocos com os elementos dos cordões e dos ranchos reunindo os "bambas" do batuque e que atuaram como células para mais tarde darem origem às escolas de samba. Somente na localidade conhecida como Buraco Quente havia os blocos da Tia Fé, da Tia Tomázia, do Mestre Candinho e o mais famoso de todos, o Bloco dos Arengueiros. Foi Cartola, que aos 19 anos, sentiu que era a hora de canalizar o dom natural dos malandros do bloco, a fim de mostrá-los de uma forma mais civilizada, com todo o potencial rítmico e coreográfico herdados do ancestral africano.
No dia 28 de abril de 1928, reunidos na Travessa Saião Lobato, os arengueiros Zé Espinguela, "Seu" Euclides, Saturnino Gonçalves (pai de Dona Neuma), Massu, Cartola, Pedro Caim e Abelardo Bolinha fundaram o Bloco Estação Primeira. Este bloco esteve presente no primeiro concurso entre sambistas na casa de Zé Espinguela, em 1929, sendo um dos precursores das escolas de samba, junto com a Deixa Falar e Portela.
Cartola, que mais tarde casou com Zica, foi o primeiro mestre de harmonia da agremiação e deu a palavra definitiva na escolha do nome e das cores: Estação Primeira, porque era a primeira estação de trem a partir da Estação Central do Brasil onde havia samba; verde e rosa como forma de homenagem a um rancho que existia em Laranjeiras, Os Arrepiados. Aos poucos todos os outros blocos do morro foram se agregando e nos anos 1930 e 40, com o surgimento da categoria carnavalesca, a Mangueira já figurava no rol das "grandes" escolas de samba da cidade.
Venceu os três primeiros concursos oficiais, foi vice-campeã em outros dois. Não desfilou em 1937, pois o desfile foi cancelado por ordem do delegado de polícia Dulcídio Gonçalves. Neste ano, o morro da Mangueira foi representado pela azul e rosa Unidos de Mangueira, que somente participou do desfile oficial por quatro anos.
Com o racha entre os sambistas no ano de 1949, a Mangueira, juntamente com a Portela, decide seguir com a UGESB, acusada de ser uma organização simpatizante do Comunismo, enquanto outras escolas, como o Império Serrano, decidiram seguir a liga paralela estimulada pelo governo municipal, a FBES. Foi neste ano que Jamelão assumiu o posto de cantor oficial na escola, ocupando o lugar de Xangô da Mangueira. Logo em seu primeiro desfile, no posto, a escola sagrou-se campeã.
Em 1950, a Mangueira seguiu para a UCES, onde foi novamente campeã, retornando à UGESB em 1951, até a reunificação das entidades no ano seguinte. Em 1980, obteve sua pior colocação até então, quando foi a oitava colocada.
Em 1984, ano de inauguração do Sambódromo, protagonizou um dos momentos mais marcantes da história do Carnaval Carioca. Após desfilar, a escola retornou pela Sapucaí, sendo aclamada pelo público. Naquele ano, o primeiro onde houve dois dias de desfile para as escolas de samba, a primeira divisão acabou sendo dividida em dois grupos, sendo cada um, um concurso diferente. Mangueira e Portela, duas das escolas mais tradicionais, venceram, um o desfile de domingo, e outra o de segunda-feira. Um novo concurso foi realizado no sábado seguinte ao Carnaval, entre as melhores escolas de cada dia de desfile, além das melhores do grupo de acesso também. Por fim, a Mangueira sagrou-se "supercampeã".
Após ser bicampeã em 1986-1987, e vice em 1988, a agremiação obteve algumas colocações ruins, como o 11º lugar em 1989, e o 12º lugar em 1991 e 1994. Apesar da má colocação, o samba enredo de 1994, de autoria de David Correa, Paulinho, Carlos Sena e Bira do Ponto, é considerado por parte da crítica como um dos mais empolgantes da década 11 A composição, que possuía o refrão "me leva que eu vou, sonho meu, atrás da verde e rosa só não vai quem já morreu", falava dos chamados "doces bárbaros", Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia.
Data também dessa época as primeiras parcerias de sucesso da escola com grandes empresas, e do início de grandiosos projetos, como da Vila Olímpica.
Em 1995, sucedendo o conhecido presidente Álvaro Caetano, o Alvinho, assumiu a presidência da escola Elmo José dos Santos que ocuparia o posto por dois mandatos. Sob sua presidência,a Mangueira conquistaria o título duas vezes.
Em 1998, ao escolher Chico Buarque como tema de seu carnaval, a Mangueira escolheu em sua eliminatória interna um samba-enredo de uma parceria de compositores paulistanos, membros da escola de samba Morro da Casa Verde, o que gerou alguma polêmica devido à rivalidade entre cariocas e paulistas. Apesar da polêmica, a escola empatou com a Beija-Flor, voltando a conquistar um campeonato após um jejum que já durava onze anos. Logo após o carnaval, em 19 de abril de 1998, foi criada a Academia Mangueirense do Samba.
Ainda a Mangueira voltaria a vencer o Carnaval novamente em 2002 com um enredo que falava sobre o Nordeste, perdendo no ano seguinte para a Beija-Flor. Nesse ano, 2003, a Mangueira trouxe como tema a história de Moisés e da libertação do povo hebreu, narrada no Antigo Testamento trazendo um samba de autoria de Marcelo Dáguiã, Bizuca, Gilson Bernini e Clóvis Pê. que começava com o refrão "Quem plantar a paz, vai colher amor, um grito forte, de liberdade, na Estação Primeira ecoou", considerado muito bonito pela crítica. Gerou polêmica naquele ano o fato de a comissão de frente, coreografada por Carlinhos de Jesus, não obter a nota máxima, o que sempre vinha acontecendo nos anos anteriores.
Em 2006, a Mangueira escolheu sua nova diretoria, onde numa eleição disputada, Percival Pires derrotou Ivo Meirelles, sendo eleito o novo presidente da escola. Ivo, no entanto, mais adiante ficou com o cargo de presidente da bateria, cargo este que não costuma existir na maioria das escolas de samba, sendo quase uma exclusividade da verde e rosa.
Para 2007, a Mangueira mexeu com vários tabus: ao comemorar seus oitenta anos, pela primeira vez permitiu a presença de mulheres na bateria, ideia esta que partiu do próprio presidente da bateria, Ivo Meirelles, ideia esta que gerou polêmica. Além disso, Preta Gil veio como rainha de bateria da escola, quebrando uma tradição de ter rainhas somente vindas da própria comunidade, eleitas através de um concurso. Porém o fato que causou maior comoção, não só na escola, mas em todo o meio dos sambistas aquele ano, foram os problemas de saúde do intérprete Jamelão, que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e não gravou o samba-enredo da Mangueira para o CD oficial das escolas do carnaval de 2007 nem pôde desfilar com a escola. O então desconhecido cantor de apoio Luizito substituiu o Mestre Jamelão, impossibilitado de cantar, mas também sofreu problemas de saúde pouco tempo antes do desfile e quase foi vetado pelos médicos. Uma sequeência de fatos negativos começaram a recair sobre a entidade a partir de então.
No dia do desfile, Beth Carvalho foi impedida de desfilar e praticamente expulsa do carro alegórico dos baluartes, sendo agredida com um chapéu pelo baluarte Raymundo de Castro. O baluarte Nélson Sargento também preferiu não desfilar, já que possivelmente a roupa de sua mulher, não tinha sido entregue. Estes fatos geraram um certo mal-estar no meio do samba e muitas críticas às diretorias de escolas de samba da atualidade, principalmente à da própria Mangueira.
Ainda em 2007, seu presidente foi eleito para a Academia Mangueirense do Samba, ocupando a cadeira de tia Miúda, e que foi ocupada até dezembro de 2006 pelo compositor Jurandir da Mangueira.
Em 2008, a Mangueira passou por aquela que muitos consideram a sua pior crise. Primeiramente, ainda em 2007, quando todos esperavam um enredo sobre o centenário de Cartola, a diretoria fechou um acordo de patrocínio com a Prefeitura do Recife, ao qual a escola teria como enredo o centenário do frevo. Além de polêmicas relativas à escolha da rainha de bateria, por fim surgiram denúncias de envolvimento da diretoria da entidade com o tráfico do morro. Durante a escolha do samba-enredo, em outubro de 2007, a parceria escolhida foi a de Lequinho, Jr. Fionda, Francisco do Pagode, Silvão e Aníbal, sendo "Francisco do Pagode" o nome artístico de Francisco Paulo Testas Monteiro, o Tuchinha, que passou 17 anos preso por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Na final da eliminatória interna, seu samba, mesmo considerado favorito, derrotou outros três fortes concorrentes, como Gilson Bernini e a parceria de Pedrinho do Cavaco e Índio da Mangueira. As críticas ao fato de um criminoso estar na parceria vencedora foram duramente rebatidas por Lequinho, que encabeçava o samba campeão. Para o compositor, que elogiou seu parceiro de samba, as críticas seriam resultado de um comportamento preconceituoso da sociedade.
As polêmicas não pararam por aí: em dezembro, Percival Pires renunciou à presidência, após aparecer num vídeo onde confraternizava com a mulher de Fernandinho Beira-Mar, presa dias depois. Em seu lugar, assumiu Eli Gonçalves da Silva, a Chininha, neta de Saturnino Gonçalves, então vice-presidente. Com muitos problemas no dia do desfile, a Estação Primeira terminou na décima colocação, sendo um dos quatro piores resultados de sua história. O ex-presidente da agremiação, Elmo José dos Santos, lamentou profundamente os acontecimentos e o resultado final.
No dia 14 de junho de 2008, a escola perde um de seus maiores ícones: Jamelão, vítima de falência múltipla dos órgãos. Sua morte causou grande comoção no meio do samba. Para muitos, a perda do intérprete deixou uma lacuna enorme não só na escola, como também para todo o samba.
Para 2009, após oito anos, o carnavalesco Max Lopes deixou a escola, que contratou o Roberto Szaniecki para seu lugar. O enredo escolhido foi uma homenagem ao povo brasileiro, baseando-se no livro "O Povo Brasileiro, Formação e Sentido do Brasil", do professor, antropólogo e político Darcy Ribeiro. Novamente com muitos problemas no início de 2009, a preparação das fantasias e alegorias atrasou e até semanas antes do Carnaval, quase nada havia sido feito. Torcedores assumiram o barracão da agremiação, trabalhando em regime de mutirão, para colocar o carnaval na avenida. Por fim, a sexta colocação foi vista com um misto de surpresa e alívio, pois muitos chegaram a temer o rebaixamento.
Após o Carnaval de 2009, após nova eleição, Ivo Meirelles foi aclamado novo presidente, decidindo rever a estrutura dos últimos anos na escola. A primeira alteração foi a contratação da carnavalesca Márcia Lage. Também foi contratado novo casal de Mestre Sala e Porta Bandeira: Raphael e Marcella Alves. Além disso, para o posto de intérpretes, foi criado um trio apelidado de "os três tenores", formado por Luizito, Zé Paulo e Rixxah. além da bela Renata Santos, que deu um show de sensualidade a frente da bateria comandada pelo Mestre Jaguará Filho. O enredo escolhido foi Mangueira é a Música do Brasil, muito parecido com o tema de 2008 do Império de Casa Verde. No decorrer do ano, a carnavalesca foi afastada e substituída por Jaime Cezário e Jorge Caribé, o que resultou novamente numa sexta colocação.
Em 2011, a Mangueira levou para a avenida o enredo "Filho fiel, sempre Mangueira" de autoria da própria escola, que foi desenvolvido Por Mauro Quintaes e Wagner Gonçalves. além disso continua com os três tenores, agora formado Luizito, Zé Paulo e Ciganerey que entra no lugar de Rixxah, sendo que devido a briga com um suposto torcedor do Fluminense durante a comemoração do título brasileiro na quadra, Luizito acabou suspenso e logo depois iria se desligar da escola, mas após conversa com Ivo Meirelles, voltou atrás e retorna ao trio. além de mudar o comando da bateria que era de Jaguara Filho e agora passar a ser de Aílton Nunes que foi um dos autores do samba enredo campeão nesse ano.
No ano 2012, a Mangueira apresentou na avenida o enredo "Vou festejar, sou Cacique,Sou Mangueira", uma homenagem ao bloco Cacique de Ramos, que completou 50 anos em 2011. O enredo foi desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho, sendo este contratado pela escola ainda em 2011. O samba enredo escolhido é da parceira de Igor Leal, Lequinho, Junior Fionda e Paulinho Carvalho. Embora tenha ficado em sétimo lugar, a mídia e o público em geral consideraram que a escola realizou um desfile histórico inovando a chamada "paradinha" da bateria, para um tempo superior a 2 minutos. A "paradinha repercutiu e muito, e se tornou uma "paradona", que realmente alegrou e conquistou o público. A Cada ano, a bateria Surdo Um inova mais a mais, mas não foi apenas a bateria que conquistou o público. A cantora Alcione se marcou presente no carro de pagode dentre a bateria, e Beth Carvalho veio abrilhantando a comissão de frente como a madrinha dos orixás.
Acreditou-se que todas as paradinhas foram planejadas. Mas isso não aconteceu. A primeira paradinha foi a única não planejada. Ela aconteceu devido a um defeito na aparelhagem que fez com que a bateria por alguns segundos, não pudesse ser ouvida. Mas depois, o desfile seguiu normalmente. Acredita-se que o desfile de 2012 foi melhor que o de 2011, que deu a Mangueira o terceiro lugar, sua melhor posição dos últimos anos.
Em 2013, após uma eleição conturbada e ainda sem definição, o candidato a reeleição e ainda presidente Ivo Meirelles definiu que o enredo da escola será a cidade de Cuiabá no Mato Grosso, e que este será desenvolvido pelo carnavalesco Cid Carvalho assim como no ano anterior. Apos a grande parada da bateria em 2012, a Mangueira promete uma nova inovação, levará duas baterias para a avenida em 2013, e segundo o presidente da agremiação, Ivo Meirelles, as duas baterias já irão se apresentar juntas no ensaio técnico da escola. além disso a escola levará também dois carros de som, o primeiro sendo comandado por Luizito, Zé Paulo e Ciganerey e o segundo por Agnaldo Amaral. Neste ano, a escola apresentou um bom desfile, carros e fantasias muito bem acabados, como há muito tempo não se via na Mangueira, apesar do atraso de seis minutos causado por um erro no último carro alegórico, que trazia uma borboleta gigante que a princípio, daria uma volta na torre onde ficam os jornalistas, localizada quase no final da avenida, mas um problema na manipulação das barras que sustentavam a borboleta, fez com que ela se chocasse com a torre, o problema só foi resolvido depois, com a ajuda dos próprios jornalistas, que empurraram as barras para que o carro pudesse continuar o trajeto na avenida, com esse problema, a Mangueira perdeu seis décimos, um por minuto, uma das principais causas da escola não ter ficado entre as campeãs. Veio também com uma comissão de frente emocionante, que trazia índias, bandeirantes e o mestre Delegado, bailando entre as encenações sobre a história de Cuiabá.
Em seu aniversário de 85 anos - 28 de abril de 2013 - a escola passou pelo processo eleitoral que vinha adiado desde 2012 para eleição seu novo presidente, já que Ivo Meirelles não foi candidato á reeleição. Nessa eleição foi eleito o Deputado Chiquinho da Mangueira, que ficará a frente da escola de até 2016. Além da mudança na presidencia, para o carnaval de 2014 a Mangueira mudou também a composição do casal de mestre-sala e porta bandeira e o carnavalesco, já Marcella Alves foi para o Salgueiro e Cid Carvalho se dirigiu para a Vila Isabel respectivamente; para substituír Cid foi contratada a veterana carnavalesca Rosa Magalhães, então campeã do carnaval e para a composição do casal de mestre-sala e porta-bandeira, Raphael que antes teria saído da escola, está mantido no cargo e agora fará par com Squel; Luizito foi mantido como interprete oficial, contando com Eraldo Caê que retorna a agremiação como interprete de apoio; chegou a ser especulado também o nome do consagrado interprete Preto Jóia, que entretanto acabou não acertando com a agremiação.
O enredo escolhido para carnaval foi "A festança brasileira cai no samba da Mangueira" de autoria da carnavalesca e da propria escola. A Mangueira foi quarta escola a desfilar no domingo de carnaval e apresentou um desfile leve, colorido e com uma qualidade plastica que a muito não ser via na escola, entretando com erros que custaram lhe pontos consideraveis na apuração, dentre eles, o acidente com o quinto carro da escola, O ritual da Pajelança, alusivo ao Fetival de Parintins, que devido à sua altura acabou preso na torre de televisão e teve parte de uma escultura quebrada para poder prosseguir para a dispersão; a escola, ao contrario do ano anterior que contou com um infortunio parecido, conseguiu passar dentro do tempo previsto no regulamento (82 minutos), mas a coloção foi a mesma.
Em 2015 com a saída de Rosa Magalhães, a direção da escola retornou Cid Carvalho como carnavalesco, com um enredo sobre as mulheres. O desfile, que ocorreu sob chuva, foi considerado abaixo do esperado pela crítica especializada e na apuração, os problemas enfrentados em fantasias, alegorias, comissão de frente, bateria e evolução deram origem a um 10º lugar. mas em 2016 veio a volta por cima, com o fim de jejuns de quatroze anos sem ser campeã. ao homenagear a cantora Maria Bethânia, Num desfile´arrebator feito pelo estreiante Leandro vieira, que tinha apenas feito um carnaval e como cantor a escola apostou no experiente Ciganerey, pro lugar do falecido Luizito.



Enredos

AnoColocaçãoGrupoEnredoCarnavalescoIntérprete(s)
1929Concurso de sambistasChega de demanda e BeijosSr. Armando
Não houve concurso, nos anos de 1930 e 1931
1932CampeãÚNICOSorrindo e Na florestaSr. Armando
1933CampeãÚNICOUma segunda-feira do Bonfim na RibeiraSr. Armando
1934CampeãÚNICORepública da OrgiaSr. Armando
1935Vice-campeãÚNICOO regresso de uma colheita na primaveraSr. Armando
1936Vice-campeãÚNICONão quero mais amar a ninguémSr. Armando
Não desfilou em 1937 e 1938
1939Vice-campeãÚNICOO JardimSr. Armando
1940CampeãÚNICOPrantos, pretos e poetasSr. Armando
1941Vice-campeãÚNICOPedro ErnestoSr. Armando
19423º lugarÚNICOA vitória do Samba nas AméricasSr. Armando
1943Vice-campeãÚNICOSamba no Palácio do ItamaratiSr. Armando
1944Vice-campeãÚNICOGlória ao SambaSr. Armando
1945Vice-campeãÚNICONossa HistóriaSr. Armando
1946Vice-campeãÚNICOCarnaval da VitóriaSr. Armando
1947Vice-campeãÚNICOBrasil, Ciências e ArtesSr. Armando
19484º lugarÚNICOBrasil, Tesouro InvejadoSr. ArmandoXangô da Mangueira
1949CampeãUGESBApoteose aos MestresFuncionários da Casa da MoedaJamelão
1950CampeãUCESPlano SALTE - Saúde, alimentação, transporte e energiaFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19513º lugarUGESBUnidade NacionalFuncionários da Casa da MoedaJamelão
1952Não houve concursoGonçalves DiasFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19533º lugar1Unidade NacionalFuncionários da Casa da MoedaJamelão
1954Campeã1Rio de Janeiro, de ontem e de hojeFuncionários da Casa da MoedaJamelão
1955Vice-campeã1Cântico à NaturezaFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19563º lugar1O Grande PresidenteFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19573º lugar1Emancipação Nacional - Rumo ao progressoFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19583º lugar1Canção do exílioFuncionários da Casa da MoedaJamelão
19593º lugar1Brasil através dos temposFuncionários da Casa da MoedaJamelão
1960Campeã1Carnaval de todos os temposRoberto Paulino e Darque Dias MoreiraJamelão
1961Campeã1Reminiscências do Rio AntigoRoberto Paulino e Darque Dias MoreiraJamelão
19624º lugar1Casa-grande e senzalaRoberto Paulino e Darque Dias MoreiraJamelão
1963Vice-campeã1Exaltação à BahiaJúlio MattosJamelão
19643º lugar1História de um preto velhoJúlio MattosJamelão
19654º lugar1Rio através dos séculosJúlio MattosJamelão
1966Vice-campeã1Exaltação à Villa-LobosJúlio MattosJamelão
1967Campeã1O mundo encantado de Monteiro LobatoJúlio MattosJamelão
1968Campeã1Samba, festa de um povoJúlio MattosJamelão
1969Vice-campeã1Os Mercadores e suas tradiçõesJúlio MattosJamelão
19703º lugar1Um Cântico à naturezaJúlio MattosJamelão
19714º lugar1Os Modernos bandeirantesJúlio MattosJamelão
1972Vice-campeã1Rio, Carnaval dos CarnavaisCarlos AlbertoJamelão
1973Campeã1Lendas do AbaetéJúlio MattosJamelão
19744º lugar1Mangueira em tempo de folcloreJúlio MattosJamelão
1975Vice-campeã1Imagens poéticas de Jorge LimaElói MachadoJamelão
1976Vice-campeã1No reino da Mãe do OuroElói MachadoJamelão
19777º lugar1Panapanã, o segredo do amorJúlio MattosJamelão
1978Vice-campeã1Dos carroceiros do imperador ao Palácio do SambaJúlio MattosJamelão
19794º lugar1-AAvatar… e a selva transformou-se em ouroJúlio MattosJamelão
19808º lugar1-ACoisas nossasLiana Silveira e Ecila CirneJamelão
19814º lugar1-ADe Nonô a JKAlcione Barreto e Elói MachadoJamelão
19824º lugar1-AAs mil e uma noites cariocasFernando PintoJamelão
19835º lugar1-AVerde que te quero rosa… semente viva do sambaMax LopesJamelão
1984Campeã1-AYes, Nós Temos BraguinhaMax LopesJamelão
19859º lugar1-AAbram Alas que eu quero passarEloy Machado e Bia DumontJamelão
1986Campeã1-ACaymmi Mostra ao Mundo o que a Bahia e a Mangueira TêmJúlio MattosJamelão
1987Campeã1-AO Reino dos Palavras, Carlos Drummond de AndradeJúlio MattosJamelão
1988Vice-campeã1Cem Anos de Liberdade, Realidade ou Ilusão?Júlio MattosJamelão
198911º lugar1Trinca de ReisJúlio MattosJamelão
19908º lugarEspecialDeu a Louca no BarrocoErnesto Nascimento e Cláudio RodriguesJamelão
199112º lugarEspecialAs Três Rendeiras do UniversoErnesto Nascimento e Cláudio RodriguesJamelão
19926º lugarEspecialSe Todos Fossem Iguais a VocêIlvamar MagalhãesJamelão
19935º lugarEspecialDessa Fruta Eu Como até o CaroçoIlvamar MagalhãesJamelão
199411º lugarEspecialAtrás da Verde-e-Rosa Só Não Vai Quem Já MorreuIlvamar MagalhãesJamelão
19956º lugarEspecialA Esmeralda do AtlânticoIlvamar MagalhãesJamelão
19964º lugarEspecialOs Tambores da Mangueria na Terra da EncantariaOswaldo JardimJamelão
19973º lugarEspecialO Olimpo é Verde e RosaOswaldo JardimJamelão
1998CampeãEspecialChico Buarque da MangueiraAlexandre LouzadaJamelão
19997º lugarEspecialO Século do SambaAlexandre LouzadaJamelão
20007º lugarEspecialDom Obá II, Rei dos Esfarrapados, Príncipe do PovoAlexandre LouzadaJamelão
20013º lugarEspecialA Seiva da VidaMax LopesJamelão
2002CampeãEspecialBrazil com 'Z' é para Cabra da Peste, Brasil com 'S' é a Nação do NordesteMax LopesJamelão
2003Vice-campeãEspecialOs Dez Mandamentos: O Samba da Paz Canta a Saga da LiberdadeMax LopesJamelão
20043º lugarEspecialMangueira Redescobre a Estrada Real…E Desse Eldorado Faz seu CarnavalMax LopesJamelão
20056º lugarEspecialMangueira Energiza a Avenida. O Carnaval é Pura Energia e a Energia é o Nosso DesafioMax LopesJamelão
20064º lugarEspecialDas Águas do Velho Chico, Nasce um Rio de EsperançaMax LopesJamelão
20073º lugarEspecialMinha Pátria é Minha Língua, Mangueira Meu Grande Amor. Meu Samba Vai ao Lácio e Colhe a Última FlorMax LopesLuizito
200810º lugarEspecial100 Anos do Frevo, é de Perder o Sapato. Recife Mandou me Chamar…Max LopesLuizito
20096º lugarEspecialA Mangueira Traz Os Brasis do Brasil Mostrando a Formação do Povo BrasileiroRoberto SzanieckiLuizito
20106º lugarEspecialMangueira é Música do BrasilJaime Cezário e Jorge CaribéLuizito, Zé Paulo e Rixxah
20113º lugarEspecialO Filho Fiel, Sempre MangueiraMauro Quintaes e Wagner GonçalvesLuizito, Zé Paulo e Ciganerey
20127º lugarEspecialVou festejar! Sou Cacique, sou MangueiraCid CarvalhoLuizito, Zé Paulo e Ciganerey
20138º lugarEspecialCuiabá: Um paraíso no Centro da AméricaCid CarvalhoLuizito, Zé Paulo, Ciganerey e Agnaldo Amaral
20148º lugarEspecialA festança brasileira cai no samba da MangueiraRosa MagalhãesLuizito
201510º lugarEspecialAgora chegou a vez vou cantar: mulher de Mangueira, mulher brasileira em primeiro lugar!Cid CarvalhoLuizito
2016CampeãEspecialMaria Bethânia: A Menina dos Olhos de OyáLeandro VieiraCiganerey
2017EspecialSó com a ajuda do santoLeandro VieiraCiganerey









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